Vender imóveis na planta exige coragem e prática: é preciso enfrentar rejeições, persistir nas ligações e aprender com cada contato.

Mas, com apenas 30 dias na carreira, nosso convidado fechou suas primeiras vendas, mostrando que disciplina, mindset correto e suporte da equipe são fundamentais.

Paulo Lima é corretor de imóveis na Romancini Empreendimentos, e veio ao Papo de Vendedor compartilhar sua trajetória no mercado imobiliário e como evoluiu profissionalmente após participar do Programa de Aceleração SuperVendedores.

Apaixonado pelo setor, ele destaca que sua experiência prévia com construção civil contribuiu para compreender melhor o produto e o cliente, tornando-se um diferencial no mercado imobiliário.

Como Vender Imóveis na Planta: Estratégias, Relacionamento e Abordagem

Segundo Paulo, corretor especializado em lançamentos imobiliários, o processo de vender imóveis na planta começa muito antes da apresentação do produto.

O primeiro passo é entender profundamente o cliente: seu perfil, suas necessidades e suas dores.

Ele afirma que não vende apenas o imóvel, mas sim o seu serviço — atuando como uma ponte que conecta o cliente certo ao empreendimento ideal.

O segredo está no relacionamento. Um bom corretor, ao desenvolver conexão, já realiza naturalmente um levantamento de necessidades, tornando a oferta do imóvel muito mais assertiva.

Perfis de clientes: investidor e comprador final

Paulo destaca dois perfis principais nesse mercado. O cliente investidor, que busca o lançamento pela valorização futura ou pelo potencial de aluguel, e o cliente final, que compra para realizar o sonho da casa própria.

Apesar de gostar de trabalhar com ambos, ele confessa ter preferência pelo comprador final, pela emoção envolvida: “Você vê a pessoa realizando um sonho. Muitas vezes, é o maior investimento da vida dela.”

Essa dimensão emocional diferencia o processo de vender imóveis na planta.

O corretor precisa equilibrar técnica e sensibilidade, entendendo que cada cliente vive uma jornada única.

Prospecção: do banco de dados ao digital

No passado, prospectar era um desafio. Muitos corretores dependiam de grandes bancos de dados de clientes cadastrados e precisavam retomar contatos antigos, ligando para centenas de pessoas.

Sem WhatsApp, era comum agendar visitas presenciais ou encontros na imobiliária para apresentar pastas e tabelas de preços.

Hoje, o cenário mudou radicalmente. Redes sociais, anúncios digitais e formulários online facilitam o processo.

Leads chegam já interessados, muitas vezes conhecendo detalhes do empreendimento antes mesmo de falar com o corretor.

Ainda assim, Paulo ressalta que todos os métodos de prospecção são válidos: cold calls, porta a porta (PAP), indicações e, claro, o marketing digital.

O poder da ligação e da conexão humana

Um ponto interessante é a abordagem. Muitos acreditam que o cliente não quer mais receber ligações, mas Paulo discorda.

Ele relata que a receptividade em sua região é alta: mesmo quando o cliente não pode conversar, ele agradece o contato.

Para ele, a ligação continua sendo uma das formas mais eficazes de criar conexão inicial.

Após esse primeiro contato, outros canais entram em cena, como WhatsApp ou e-mail, mas sempre com foco em relacionamento.

Falar é prata, ouvir é ouro”, diz Paulo. Controlar a conversa não significa falar mais, mas sim saber fazer perguntas que revelam o que o cliente realmente busca.

Velocidade e estratégia digital

Com a digitalização, um detalhe faz toda a diferença: a velocidade no atendimento. Um lead vindo do Instagram, por exemplo, não chega apenas para você.

O próprio algoritmo entende que aquela pessoa está interessada em imóveis e passa a mostrar anúncios de concorrentes. Nesse cenário, ganha quem chega primeiro com uma abordagem estratégica e personalizada.

Por isso, vender imóveis na planta exige não apenas conhecimento do produto, mas também domínio de processos de prospecção, relacionamento e tempo de resposta.

Técnicas de Venda para Imóveis na Planta: Como Conduzir o Cliente até o Fechamento

Vender imóveis na planta é um processo que exige técnica, paciência e, principalmente, estratégia.

O corretor precisa entender que não está apenas oferecendo um produto físico, mas sim conduzindo o cliente em uma jornada que vai do sonho até a concretização da compra.

Para isso, algumas técnicas de vendas podem fazer toda a diferença na abordagem, no levantamento de necessidades e no fechamento do negócio.

O papel do SPIN Selling no levantamento de necessidades

Uma das metodologias mais utilizadas pelos corretores é o Spin Selling, que auxilia no levantamento de necessidades do cliente.

Esse método consiste em fazer perguntas estratégicas sobre Situação, Problema, Implicação e Necessidade de Solução.

Dessa forma, o corretor consegue identificar o que realmente importa para o comprador e, a partir disso, conduzi-lo para a proposta ideal.

No mercado imobiliário, essa etapa é essencial porque cada cliente tem uma motivação diferente: alguns compram para investir, outros para morar.

Quando o corretor domina essa técnica, consegue alinhar a apresentação do imóvel com os desejos e a realidade financeira de quem está comprando.

O fechamento como um processo de condução

Muitos acreditam que o fechamento é o momento mais desafiador da venda. No entanto, na prática, quando todo o trabalho anterior é bem feito, o fechamento se torna natural.

Uma técnica bastante usada é o fechamento por condução.

Funciona assim: após apresentar o empreendimento, o corretor faz perguntas que estimulam o cliente a se imaginar vivendo no imóvel.

Por exemplo: “Você se imagina morando aqui com a sua família?” ou “Consegue visualizar seus filhos brincando nesse espaço?”.

Esse tipo de condução ajuda a criar vínculo emocional e aumenta as chances de decisão positiva.

A partir daí, quando o cliente demonstra interesse, 80% do processo já está concluído.

O corretor entra então na fase de adequação das condições de pagamento, que precisa estar alinhada ao fluxo de caixa do comprador.

Estruturando o fluxo de pagamento

Um dos grandes diferenciais de vender imóveis na planta é a flexibilidade de pagamento, até porque o comprador não precisa desembolsar 100% do valor de imediato.

Normalmente, paga-se cerca de 30% durante o período de obras, e o restante pode ser quitado com recursos próprios ou financiamento imobiliário após a entrega do empreendimento.

Esse modelo torna o investimento mais acessível e dá margem para negociações personalizadas.

O corretor, ao desenhar esse fluxo na mesa de negociação, tem a oportunidade de adaptar os valores à realidade financeira do cliente.

Quando a proposta atende às necessidades dele, a venda praticamente se concretiza.

Vendendo o sonho que ainda não existe

Um dos maiores desafios de quem trabalha com lançamento é vender algo que ainda não está pronto.

O cliente compra a promessa de um imóvel que será entregue apenas em alguns anos. Por isso, a construtora e o corretor precisam usar ferramentas que tornem o projeto mais palpável.

Entre essas ferramentas, o decorado se destaca. Ele oferece uma experiência sensorial e ajuda o cliente a visualizar como pode ser sua futura casa.

Mesmo sabendo que muitos detalhes não fazem parte da entrega final, o comprador se envolve emocionalmente com a ideia de morar em um espaço semelhante.

Além disso, recursos como imagens em 3D, vídeos de drone mostrando a vista futura e visitas à obra em andamento ajudam a tangibilizar o que antes era apenas um projeto no papel.

O corretor como gestor do próprio negócio

Outro ponto importante é que o corretor de imóveis precisa se enxergar como uma empresa.

Como os ganhos vêm principalmente das comissões, é necessário ter planejamento financeiro para lidar com os períodos de alta e baixa.

Isso garante que ele esteja preparado para investir tempo em lançamentos que podem levar meses até gerar retorno.

Em resumo, vender imóveis na planta não é apenas uma transação comercial, mas um processo estruturado que envolve técnica, estratégia e, acima de tudo, relacionamento.

Quem domina as etapas de prospecção, levantamento de necessidades, condução e fechamento, consegue transformar o sonho do cliente em realidade e ainda construir uma carreira sólida no mercado imobiliário.

Mindset e Resiliência para Vender Imóveis

O mercado imobiliário de lançamentos é desafiador.

O ciclo de compra costuma ser longo, podendo variar entre 10 meses e 1 ano, e a taxa de conversão média é baixa — em torno de 2%.

Nesse cenário, o corretor precisa ter disciplina, organização e, acima de tudo, resiliência para alcançar resultados consistentes.

Mais do que técnicas, vender imóveis na planta exige um comportamento estruturado e uma mentalidade vencedora.

Conhecer profundamente o cliente

O primeiro passo para aumentar a performance é entender o cliente. Cada comprador tem uma motivação diferente: alguns buscam investir, outros desejam o imóvel dos sonhos para morar.

Por isso, a escuta ativa e o registro das informações são fundamentais.

Ferramentas como o CRM ajudam o corretor a acompanhar toda a jornada do cliente, evitando que detalhes importantes se percam.

Registrar o que foi dito em cada reunião ou ligação facilita a tomada de decisões e fortalece o relacionamento. Afinal, confiar apenas na memória pode gerar falhas que custam vendas.

Organização: a chave para manter o funil cheio

Muitos corretores reclamam de clientes que desmarcam visitas ou não comparecem ao plantão. No entanto, poucos percebem que a falta de organização é um dos principais culpados.

Confirmar reuniões, enviar materiais de apoio por e-mail ou WhatsApp e despertar a curiosidade do cliente são ações que aumentam o engajamento.

Um CRM bem utilizado lembra o corretor das atividades de cada etapa: abordagem inicial, conexão, visita ao plantão, apresentação de proposta e follow-up.

Sem organização, o profissional deixa oportunidades passarem e compromete sua saúde financeira.

Resiliência emocional: transformar “nãos” em aprendizado

No mercado de lançamentos, ouvir muitos “nãos” faz parte do processo. A mentalidade correta é entender que cada negativa aproxima o corretor de um “sim”.

Ter resiliência emocional significa seguir em frente, mesmo diante das frustrações.

Isso envolve cumprir metas pessoais — como realizar um número mínimo de ligações diárias — e, quando necessário, aumentar o esforço.

Se 10 ligações não resultam em agendamentos, a meta deve subir para 15 ou 20.

A constância é mais eficaz do que tentar saltos irreais, como passar de 10 para 50 em um único dia, o que gera frustração e desistência.

Fazer mais do que o esperado

Um hábito poderoso é sempre entregar um pouco a mais. Se a meta é fazer 10 contatos, faça 12 ou 15.

Essa prática fortalece a disciplina, treina a mente para superar obstáculos e acelera os resultados.

Trata-se de um princípio estoico aplicado às vendas: o obstáculo não é algo a ser evitado, mas sim o caminho para o crescimento.

Aprendizado contínuo e troca de experiências

Outra característica dos corretores de alta performance é a busca constante por aprendizado.

Acompanhar atendimentos de colegas mais experientes, participar de treinamentos e investir em desenvolvimento pessoal são atitudes que fazem a diferença.

Programas de aceleração e mentorias ajudam o corretor a estruturar processos, aumentar a taxa de conversão e melhorar o desempenho a longo prazo.

Além disso, trocar experiências com outros profissionais amplia a visão sobre diferentes mercados e estratégias.

Aproveita e confira nossos episódios especiais com especialistas em venda de imóveis: “Vendas no Mercado Imobiliário de Alto Padrão” e “Corretores de Imóveis: Técnicas de Vendas e Marketing“.

 

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Conheça o convidado(a)

Paulo Lima

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