Como será a transição da carreira de SDR a líder de vendas?
A carreira de SDR é muitas vezes vista como uma cadeira de passagem, mas pode ser muito mais estratégica e duradoura do que muitos imaginam.
Nossa convidada é uma vendedora nata e líder por natureza, compartilha suas experiências desde os primeiros passos como pré-vendedora até a gestão de times em diferentes empresas e consultorias, mostrando que é possível crescer, inspirar e desenvolver pessoas sem perder a excelência na execução.
Laryssa Augusta é Coordenadora de Vendas na RD Station e veio contar todos os desafios da sua trajetória de pré-vendas a líder.
Ao longo da conversa, ela revela os desafios da transição, as estratégias de liderança e como construir uma carreira sólida dentro do universo de vendas.
De SDR a Líder de Vendas: a trajetória de quem transformou oportunidade em propósito
A história de quem vai de SDR a líder de vendas raramente segue um roteiro previsível e esse é justamente o caso dessa profissional.
Tudo começou de forma inusitada, em um simples happy hour.
Sem saber ao certo o que era um lead ou o que fazia um SDR (Sales Development Representative), ela foi convidada por uma líder experiente, Isa Mendes, para integrar uma equipe de pré-vendas.
Desconfiada, chegou a pensar que era um golpe, afinal, não houve entrevista formal nem pedido de currículo.
Mas a líder viu nela algo além das competências técnicas: reconheceu comportamento, energia e o jeito comunicativo de quem tinha potencial para brilhar em vendas.
E foi assim, de forma quase acidental, que ela começou sua jornada no universo comercial.
Entendendo o papel do SDR
O SDR é uma peça essencial na engrenagem de vendas modernas.
Ele atua no meio do funil, recebendo os leads gerados pelo marketing, qualificando-os e repassando-os ao vendedor ou “closer”.
É o “meio de campo” da equipe comercial, o responsável por filtrar as melhores oportunidades e garantir que a bola chegue redonda ao ataque.
No início, ela não tinha ideia da importância desse papel. Mas, ao mergulhar nos processos, playbooks e metodologias de pré-vendas, percebeu que ser SDR era muito mais do que um cargo inicial: era a base de uma carreira sólida em vendas.
Assim começou sua trajetória de SDR a líder de vendas, movida por curiosidade, dedicação e uma busca constante pela excelência.
Da caneca de café ao chá: a metáfora da adaptação
Durante uma reflexão, ela se lembrou de uma cena cotidiana: usou uma caneca de café para tomar chá.
A analogia foi imediata, muitas vezes, assim como a caneca, somos colocados em contextos diferentes dos que imaginamos. Mas, se estivermos abertos a aprender e adaptar, podemos extrair o melhor de qualquer situação.
Foi exatamente isso que aconteceu em sua carreira. Ao aceitar o desafio de trabalhar em pré-vendas, encontrou um espaço para desenvolver habilidades de comunicação, escuta ativa, empatia e análise — competências que, mais tarde, seriam essenciais para sua liderança.
A busca pela excelência
Desde o primeiro dia, sua mentalidade era clara: se era para fazer, que fosse da melhor forma possível, por isso, não bastava cumprir as metas, ela queria superá-las.
Se a meta era fazer 80 ligações, fazia 120. Se precisava ouvir uma ligação por dia, ouvia três. Essa disciplina e sede de aprendizado a fizeram evoluir rapidamente.
A rotina era intensa: ligações, roleplays, análises de gravações, leitura de artigos, podcasts e mais estudos à noite.
A cada nova etapa, ela consolidava a ideia de que excelência é ir além, é exceder o esperado, até porque esse hábito de ir além foi o que abriu caminho para a transição natural de SDR a líder de vendas.
Da operação à liderança
Com o tempo, o desempenho acima da média e a mentalidade de crescimento chamaram atenção.
Ela começou a receber oportunidades maiores, liderar pequenos times e, aos poucos, assumiu posições de gestão.
Hoje, sua missão vai além de gerar leads ou bater metas, ela inspira novos profissionais a enxergarem o valor de cada etapa da jornada comercial.
Chegar de SDR a líder de vendas não foi uma coincidência, mas o resultado de curiosidade, resiliência e vontade genuína de aprender.
Sua trajetória mostra que não importa onde você começa, mas o quanto você está disposto a crescer e, principalmente, o quanto está disposto a ser excelente no que faz.
A Fome de Aprender e a Autoliderança
A trajetória de quem vai de SDR a líder de vendas raramente é linear, no caso de Laryssa, tudo começou em um momento muito favorável, durante o boom das startups em Belo Horizonte.
Em meio a um ecossistema em crescimento, ela começou a trabalhar com pré-vendas quase por acaso, impulsionada por sua curiosidade e pela disposição em aprender fazendo.
Laryssa participava ativamente das rodas de conversa entre profissionais de startups.
Foi ali, em meio a um ambiente informal, que começaram os primeiros convites para ajudar fundadores a estruturar seus processos comerciais.
Mesmo sem dominar o tema, ela se colocava à disposição: “Eu posso te ajudar?”. Assim, aprendeu na prática como desenhar processos, montar funis e otimizar resultados.
Essa mentalidade de “fazer primeiro, aprender depois” marcou o início de sua trajetória. E foi justamente esse comportamento proativo que a impulsionou de SDR a líder de vendas em tempo recorde.
Estratégias para crescer rápido
Laryssa descreve seu crescimento como uma mistura de obsessão por conhecimento e prática constante. “Eu almoçava, jantava e tomava café da manhã com conhecimento”, resume.
Seu método era simples, mas poderoso: 70% prática, 20% troca com colegas e 10% estudo teórico.
Ela acreditava que o aprendizado vinha da execução, o famoso “mundo dos fazedores”.
Quando novos desafios surgiam, sua resposta era imediata: aceitava o problema e depois aprendia a resolvê-lo.
Essa postura a destacou rapidamente no time, ganhando confiança de seus líderes e conquistando espaço para avançar na carreira.
Outro fator crucial foi o apoio da liderança. Sua gestora acreditava em seu potencial e a colocava em situações desafiadoras, como conduzir reuniões com clientes sem supervisão.
Essa confiança acelerou seu desenvolvimento e a fez amadurecer profissionalmente.
A diferença entre cargo e propósito
Uma das lições mais fortes que Laryssa aprendeu foi que crescer de SDR a líder de vendas não depende apenas de promoções formais.
“Não é sobre o cargo ou o título no LinkedIn, é sobre quem você é.”
Ela destaca que nem todo SDR precisa virar vendedor e nem todo vendedor será um bom líder.
O crescimento real vem de entender seu papel e entregar resultados com propósito. O pré-vendedor que vê o trabalho apenas como um “degrau” dificilmente se destaca.
Já aquele que entende a importância do que faz — conectar pessoas, gerar oportunidades e agregar valor — se diferencia e cria sua própria trajetória de sucesso.
Laryssa acredita que o segredo está em gostar do impacto do trabalho, e não apenas das tarefas. “Você não precisa amar fazer ligações, mas precisa amar o que acontece depois do ‘alô’ do outro lado”, explica.
Esse prazer pelo resultado, e não pela rotina, é o que sustenta o desempenho a longo prazo.
O papel da autoliderança
Segundo Laryssa, o ponto de virada na jornada de SDR a líder de vendas é a autoliderança — a capacidade de se desenvolver sem depender apenas de um gestor. Ela defende que todo profissional, mesmo sem ambição de liderança formal, precisa ser “líder de si mesmo”.
Isso significa definir metas pessoais além das impostas pela empresa: melhorar o pitch, aumentar a taxa de conversão, entregar leads mais qualificados e buscar excelência constante.
O profissional que se autoavalia, cria seus próprios desafios e busca aprimoramento contínuo é o que naturalmente evolui na carreira.
De executora a referência
Laryssa se tornou uma figura conhecida por dominar todos os aspectos do negócio.
Colegas de diferentes áreas a procuravam não apenas por questões comerciais, mas também administrativas, reconhecendo nela uma liderança natural.
Seu nome virou sinônimo de competência e colaboração. Essa postura de resolver, ajudar e conhecer o negócio como um todo fez com que, mesmo antes de ter o cargo formal, fosse reconhecida como líder pelo time.
A história de Laryssa mostra que o caminho de SDR a líder de vendas não é sobre pressa, mas sobre propósito, curiosidade e excelência.
Quem entende que cada tarefa é uma oportunidade de aprendizado constrói uma carreira sólida e transforma execução em liderança.
A Transição para a Liderança em Pré-vendas
A transição de SDR a líder de vendas é um dos saltos mais desafiadores na carreira comercial.
Deixar de ser parte de um time para liderá-lo exige uma profunda mudança de mentalidade, novas habilidades e uma forte capacidade de adaptação.
Essa jornada traz lições valiosas sobre gestão de pessoas, autoconhecimento e propósito.
A Virada de Chave: De Par a Líder
O primeiro grande desafio na transição de SDR a líder de vendas é lidar com a mudança de papel dentro do mesmo time. Antes, você era colega, dividia metas e conversas informais.
Agora, precisa inspirar, orientar e, muitas vezes, tomar decisões impopulares. É natural sentir o impacto de ser “excluído” de grupos ou de perder a liberdade das conversas informais — faz parte do jogo da liderança.
Além disso, há uma mudança prática: a rotina do SDR é repleta de tarefas e volume, com horários definidos e metas claras.
Já o líder precisa lidar com imprevistos e mudanças de agenda constantes. O controle dá lugar à flexibilidade. Para quem é metódico, como muitos profissionais de pré-vendas, essa adaptação pode ser dolorosa no início.
Conhecer Pessoas: A Nova Meta da Liderança
Enquanto o SDR foca em conhecer clientes, o líder precisa conhecer pessoas — seu próprio time. É fundamental conquistar a confiança da equipe e entender suas motivações, dores e ambições.
Só assim é possível apoiar o desenvolvimento individual e coletivo.
Aprender a ser líder de pessoas não vem só dos livros ou cursos. É uma habilidade construída na prática, em conversas sinceras e trocas com outros líderes.
O aprendizado contínuo vem da escuta ativa e do desejo genuíno de entender o que move cada profissional.
De Alta Performance Individual à Gestão de Equipe
Um dos maiores choques de quem passa de SDR a líder de vendas é perceber que o time nem sempre tem o mesmo ritmo ou motivação.
Aquela energia de quem “vivia o trabalho” e fazia tudo com excelência pode não estar presente em todos. O papel do líder é, então, ajudar cada pessoa a encontrar sua própria motivação e propósito.
Uma das estratégias mais eficazes é ajudar o colaborador a enxergar o “trailer” da sua história — qual narrativa ele quer construir durante seu tempo como SDR.
Isso dá clareza e propósito, mesmo para quem encara a função como temporária. Com esse direcionamento, o líder consegue alinhar expectativas, traçar planos de desenvolvimento e criar um senso de pertencimento.
Liderar pelo Exemplo: Inspiração e Proximidade
Um bom líder inspira mais pelo que faz do que pelo que fala. A melhor forma de influenciar é demonstrar excelência e coerência.
Liderar pelo exemplo, mantendo-se próximo da operação, é essencial. Isso não significa microgerenciar, mas entender de perto os desafios do time — ouvir ligações, observar mensagens, identificar gargalos e agir rapidamente.
Estar presente permite identificar problemas antes que cresçam e demonstra comprometimento genuíno com o sucesso da equipe.
Ainda assim, o líder precisa aprender a delegar. Fazer junto é diferente de fazer pelo time. A liderança não pode substituir o desempenho do vendedor; deve ensinar e capacitar para que ele alcance resultados por conta própria.
Rotina e Desenvolvimento: A Base do Crescimento
Uma boa líder organiza a rotina de forma estratégica. Três momentos semanais são fundamentais:
- Conexão pessoal, para entender o momento do colaborador;
- Desenvolvimento técnico, com feedbacks e análise de calls;
- Análise de resultados, para acompanhar a evolução das metas.
Esses rituais fortalecem o relacionamento e garantem que o foco em performance esteja sempre acompanhado de empatia e apoio.
O verdadeiro sucesso do líder não está em reproduzir sua própria performance, mas em ajudar cada membro do time a descobrir e expandir o seu potencial.
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