PAPO DE VENDEDOR | EPISÓDIO #237

Resiliência Pessoal: Lições Reais de Superação, Vendas e Propósito

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Resiliência não nasce em livros, palestras ou frases motivacionais.

Ela nasce quando a vida aperta, quando o plano falha e quando continuar parece mais difícil do que desistir.

Foi exatamente nesse ponto que Carlos Júnior precisou escolher entre parar ou se reconstruir.

Sua trajetória pessoal — marcada por um acidente grave, pelo esporte e por uma carreira desafiadora em vendas — mostra que resiliência em vendas é, antes de tudo, resiliência como ser humano.

Quem é Carlos Júnior e Por Que Sua História Importa

Antes de falar de vendas, metas ou resultados, é preciso entender a pessoa por trás da trajetória.

Carlos construiu sua carreira em ambientes de alta pressão, lidando com desafios constantes, cobrança por performance e decisões difíceis.

Mas o ponto de virada da sua história não aconteceu no trabalho — aconteceu na vida pessoal.

“Eu sempre fui muito focado em resultado, em performance. Até o dia em que a vida me obrigou a parar.”

Esse momento redefiniu não apenas sua carreira, mas sua visão sobre propósito no trabalho, sucesso e crescimento profissional.

O Acidente: Quando a Vida Quebra o Ritmo

Um dia comum, após uma aula de judô, se transformou no maior ponto de ruptura de sua vida. Carlos pediu à mãe para atravessar sozinho a rodovia Dutra. Ela recusou.

Pouco depois, enquanto atravessavam juntos, ele foi violentamente atropelado.

O impacto foi devastador.

A cabeça fraturada em três pontos, múltiplas lesões em pernas e braços, inconsciência imediata. No hospital, a notícia foi dura: segundo o neurologista, havia apenas 72 horas de expectativa de vida.

Enquanto a medicina trazia números frios, sua mãe rezava. E o que veio depois foi descrito pela família como um milagre.

Carlão sobreviveu.

A recuperação, no entanto, foi longa, dolorosa e exigiu um processo intenso de reconstrução pessoal: fisioterapia, ecoterapia, acupuntura e inúmeros tratamentos.

Seu pai fez sacrifícios financeiros profundos para garantir que o filho tivesse acesso ao melhor cuidado possível.

Infância, Isolamento e a Primeira Grande Lição de Resiliência

Após o acidente, a vida nunca mais foi a mesma. Carlos não conseguia brincar como antes, correr com os primos ou viver uma infância comum.

O primeiro Natal após o acidente foi especialmente difícil. A sensação era clara: ele não se sentia mais “normal”.

Esse sentimento de isolamento poderia ter se transformado em amargura, mas foi ali que a resiliência emocional começou a se formar, sustentada pela família e pelos poucos amigos que permaneceram próximos.

Com o passar dos anos, especialmente na adolescência, o peso emocional aumentou.

Aos 15 ou 16 anos, Carlos sentiu de forma mais intensa o impacto de ser cadeirante em uma fase da vida marcada por comparação, insegurança e identidade.

O Esporte Como Virada de Chave

Foi o esporte que mudou tudo novamente.

Um tio projetou uma bicicleta adaptada, permitindo que Carlos voltasse a pedalar.

Aquilo não era apenas exercício físico — era liberdade. Pouco depois, ele entrou para um time de ciclismo e passou a conviver com outros cadeirantes.

Esse convívio foi transformador.

“Ali eu percebi que dava pra ser feliz. Eu vi gente sorrindo, competindo, vivendo.”

A natação e o ciclismo passaram a fazer parte da sua identidade. O esporte deixou de ser reabilitação e se tornou propósito, disciplina e ferramenta de autoconhecimento.

A resiliência deixou de ser sobrevivência e passou a ser escolha.

Autonomia, Educação e a Formação de uma Mentalidade Forte

Se o esporte fortaleceu o corpo e a mente, a família fortaleceu o caráter. O pai sempre repetiu uma regra inegociável:

“Vocês vão estudar. Começam e terminam.”

Carlos escolheu Educação Física, cercado pelo universo que sempre fez parte da sua vida.

Desde cedo começou a dar aulas em academias e, ainda como estagiário, ouviu um conselho que moldaria sua mentalidade profissional:

“Se todo mundo estuda 10, você vai ter que estudar 20.”

Esse princípio se tornou um padrão. Estudar mais, se preparar mais, se esforçar mais — não para provar algo aos outros, mas para nunca depender de atalhos ou rótulos.

A Volta ao Jogo: Resiliência em Vendas na Vida Real

Ao retornar ao mercado, Carlos encontrou um cenário ainda mais exigente.

Clientes mais racionais, ciclos de venda mais longos e menos margem para erro.

“Depois de tudo o que eu vivi, ouvir um ‘não’ de um cliente deixou de ser um problema pessoal.”

Aqui surge uma das maiores lições sobre resiliência em vendas: separar identidade de resultado.

Perder uma venda não significa fracassar como profissional — significa ajustar estratégia, discurso e abordagem.

Essa maturidade emocional foi fundamental para a superação profissional e para a construção de resultados sustentáveis.

Da Performance ao Propósito no Trabalho

Com o tempo, algo mudou. O foco deixou de ser apenas bater metas e passou a ser gerar impacto real.

“Eu percebi que precisava fazer algo que fizesse sentido, não só para a empresa, mas para mim.”

Esse é o ponto onde propósito no trabalho e resiliência se encontram. Quando existe clareza de propósito, a pressão não desaparece — mas passa a ser suportável.

O trabalho deixa de ser apenas obrigação e se torna parte de um projeto maior de vida.

Pandemia, Queda e um Novo Recomeço

A carreira como personal trainer, no entanto, não foi simples. A agenda não enchia, a frustração crescia.

A pandemia fechou academias, cortou renda e trouxe insegurança. Para pagar contas, Carlos virou Uber. A rotina desorganizada e o estresse fizeram seu peso chegar a 160 quilos.

Foi um dos momentos mais escuros da sua trajetória.

“Mente vazia vira oficina do inimigo.”

Nesse período, um amigo, Arthur Hashimoto, fez um convite que mudaria tudo: participar de um projeto na igreja, o Mesa com Treinadores.

Ali, Carlos pediu ajuda. Voltou a treinar, ajudou em corridas e se reconectou com o movimento.

Pouco depois, surgiu uma oportunidade inesperada: uma vaga em vendas, numa empresa de equipamentos de academia.

Das Aulas para as Vendas: A Descoberta de um Novo Propósito

No começo, tudo era estranho. Carlos não sabia o que era lead, prospecção ou pipeline.

Ainda pensava como professor. Mas algo fez sentido: ele acreditava profundamente no produto que vendia.

“Eu estava vendendo algo que mudou a minha vida.”

A bariátrica foi um marco não só físico, mas profissional.

Com mais energia e clareza, ele passou a se dedicar às vendas, até tomar uma decisão definitiva: largar as aulas e focar 100% na nova carreira.

A paixão permaneceu — apenas mudou de formato.

Zonas Cinzentas e a Escolha Consciente pela Felicidade

Carlão define sua vida como uma sequência de zonas cinzentas.

Momentos em que não há respostas claras, apenas decisões difíceis. E a principal delas foi escolher ser feliz.

“Eu gosto de ser feliz. Eu escolhi isso.”

Ele nunca quis ser visto como “o cadeirante”, nem como alguém que vive de cotas.

Reconhece sua importância, mas sempre fez questão de ser reconhecido pelo trabalho, pelos resultados e pela entrega.

Hoje, ele se define como vendedor com orgulho.

“Eu vendo saúde. Isso é missão.”

Vendas, Longo Prazo e Mentalidade Resiliente

Inspirado por frases como “o obstáculo é o caminho” e “o longo prazo sempre é justo”, Carlos construiu uma forma própria de vender.

Atua no Vale do Paraíba, visita construtoras, conversa com zeladores, cria conexões reais.

Ele aprendeu que prospecção não é incômodo, é oportunidade.

Que vendas não são sobre empurrar produtos, mas sobre entender pessoas.

“Hoje eu vejo vendas em tudo.”

Com método, estudo e consistência, colheu resultados. Comprou sua casa. Sustenta sua família. E sente que está apenas começando.

Resiliência Não É Sobre Vencer — É Sobre Continuar

A história de Carlos Júnior não é sobre superação pontual. É sobre resiliência como estilo de vida, sobre reconstrução contínua, escolhas conscientes e propósito.

“O obstáculo é o caminho.”

Essa frase resume tudo. Porque para quem vive de vendas, de desafios e de recomeços, não existe caminho fácil — existe caminho possível.

E ele sempre passa pela decisão de não desistir.

O Que a História de Carlos Júnior Ensina Sobre Resiliência

A trajetória do convidado deixa aprendizados práticos para qualquer profissional de vendas:

  • Resiliência se constrói na adversidade, não no conforto

  • Reconstrução pessoal impacta diretamente a performance profissional

  • Mentalidade resiliente é mais importante que motivação

  • Propósito sustenta a consistência no longo prazo

“Resiliência não é aguentar tudo. É saber por que você continua.”

Resiliência é Habilidade, Não Traço de Personalidade

A história de Carlos mostra que resiliência pessoal, resiliência em vendas e superação profissional fazem parte da mesma jornada.

Cair não é o problema. O verdadeiro diferencial está em como você se reconstrói — e em quem você se torna depois disso.

O que acha de aprender mais sobre resiliência, vendas e esporte? Confira o nosso conteúdo especial sobre PREPARAÇÃO MENTAL! Como treinar a mente para não desistir!, com a participação de Saulo Arruda.

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Conheça o convidado(a)

Carlos Júnior
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