PAPO DE VENDEDOR | EPISÓDIO #241

A Realidade do Corretor de Imóveis Autônomo: Muito Trabalho Antes do “Sim”

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Ser Corretor de Imóveis Autônomo está longe da imagem romantizada de ganhos rápidos, fotos em imóveis de alto padrão e comissões fáceis.

A verdade é que, antes de qualquer “sim” do cliente, existe um volume enorme de trabalho invisível, rejeições constantes e um processo comercial muito mais complexo do que a maioria imagina.

Eduarda Fazano é corretora em transição para imóveis de alto padrão e vai contar todos os bastidores da profissão: os principais desafios da venda de imóveis de terceiros, o papel da captação de imóveis, como funciona a comissão de corretor de imóveis e, principalmente, se ser corretor de imóveis vale a pena no cenário atual do mercado imobiliário.

Duda participou do Supervendedores In Company quando ainda era colaboradora de uma imobiliária em Sorocaba, fase em que estava dando os primeiros passos na corretagem e começando a lidar com negociações de alto valor, pressão emocional e metas agressivas.

Foi nesse período que ela desenvolveu a base de mentalidade, controle emocional e postura profissional que mais tarde se tornariam decisivos para fechar suas primeiras grandes vendas no mercado imobiliário.

O mito da venda fácil no mercado imobiliário

Para quem está de fora, o mercado parece simples: anunciar, atender, visitar e vender.

Mas quem vive a rotina de um Corretor de Imóveis Autônomo sabe que a venda é apenas a última etapa de um processo longo.

Antes disso, o corretor precisa:

  • Prospectar imóveis

  • Convencer proprietários a confiar seu patrimônio

  • Lidar com objeções, expectativas irreais e concorrência

  • Investir tempo e dinheiro sem garantia de retorno

No mercado imobiliário, o “não” é muito mais frequente do que o “sim”.

Venda de imóveis de terceiros: o jogo começa antes do cliente comprador

Diferente de quem vende um produto próprio, o corretor trabalha majoritariamente com venda de imóveis de terceiros.

Isso significa que, antes mesmo de pensar no comprador, ele precisa conquistar o vendedor.

A venda começa com perguntas como:

  • “Por que eu deveria confiar meu imóvel a você?”

  • “Qual corretor vai realmente se esforçar?”

  • “Por que pagar comissão se posso tentar vender sozinho?”

Aqui entra o primeiro grande desafio da profissão.

Captação de imóveis: onde a maioria falha

A captação de imóveis é uma das etapas mais estratégicas — e mais negligenciadas — da carreira do corretor.

Sem um bom imóvel, não existe venda. E captar bem não é apenas pegar a chave. É:

  • Avaliar preço de mercado

  • Ajustar expectativas do proprietário

  • Criar um plano de divulgação

  • Definir se o imóvel é compatível com seu posicionamento

Corretores que dominam a captação constroem autoridade, atraem indicação de clientes no mercado imobiliário e reduzem a dependência de portais.

Prospecção de imóveis: trabalho invisível, esforço diário

A prospecção de imóveis é o trabalho que ninguém vê, mas que sustenta toda a operação.

Envolve ligações, visitas, networking, relacionamento com síndicos, construtoras, investidores e antigos clientes.

É aqui que muitos desistem, porque:

  • O retorno não é imediato

  • O esforço parece desproporcional

  • O reconhecimento demora

Mas é exatamente essa consistência que separa corretores comuns de profissionais de alto nível.

Comissão de corretor de imóveis: alta no papel, incerta na prática

Um dos maiores atrativos da profissão é a comissão de corretor de imóveis, que pode parecer alta quando comparada a outras áreas. O problema é que ela:

  • Não é recorrente

  • Pode demorar meses para acontecer

  • Depende de fatores fora do controle do corretor

Além disso, o corretor autônomo arca com:

  • Marketing

  • Transporte

  • Portais imobiliários

  • Impostos

  • Tempo não remunerado

Ou seja, o valor da comissão precisa ser analisado dentro de todo o contexto.

Corretor de imóveis vale a pena?

A resposta honesta é: depende do perfil.

Ser Corretor de Imóveis Autônomo vale a pena para quem:

  • Aceita instabilidade no início

  • Tem disciplina comercial

  • Gosta de relacionamento e negociação

  • Constrói reputação no longo prazo

Não vale a pena para quem busca:

  • Salário fixo

  • Resultados rápidos

  • Baixa exposição à rejeição

É uma carreira de construção, não de atalhos.

Corretor de imóveis alto padrão: status ou estratégia?

Muitos sonham em atuar como corretor de imóveis alto padrão, mas esse mercado exige ainda mais preparo:

  • Networking qualificado

  • Imagem profissional sólida

  • Atendimento consultivo

  • Paciência para ciclos longos de venda

O alto padrão não perdoa amadorismo. Em compensação, recompensa consistência, confiança e reputação.

Indicação de clientes no mercado imobiliário: o verdadeiro ativo

No longo prazo, o maior ativo de um corretor não é o Instagram nem o portal. É a indicação de clientes no mercado imobiliário.

Indicações surgem quando o corretor:

  • Entrega mais do que promete

  • É transparente sobre preço e processo

  • Atua como consultor, não como empurrador de imóveis

Quem vive de indicação sofre menos com prospecção fria e constrói previsibilidade.

Muito trabalho antes do “sim”

A realidade é simples e dura: o “sim” do cliente é só a ponta do iceberg. Por trás dele existem meses de prospecção de imóveis, captação, visitas, ajustes, negativas e aprendizado constante.

O Corretor de Imóveis Autônomo que entende isso deixa de romantizar a profissão e passa a tratá-la como um negócio.

E é justamente essa mentalidade que transforma esforço em resultado, rejeição em aprendizado e trabalho invisível em vendas reais.

A escola emocional da primeira grande venda

Recém-chegada à corretagem, Duda Fazano se viu negociando um terreno avaliado em cerca de R$ 1,2 milhão, um valor que, até pouco tempo antes, parecia distante da sua realidade.

O desafio não estava apenas no preço, mas no ego do proprietário, que transformou a negociação em um verdadeiro jogo psicológico.

“Chega um momento em que não é mais sobre valor, é sobre ego”

No mesmo mês, Duda lidava com três vendas simultâneas, noites sem dormir, ansiedade extrema e até uma ida ao hospital por estresse. Ainda assim, o resultado veio: mais de R$ 2 milhões em VGV, batendo 100% da meta da imobiliária.

Essa experiência se tornou uma escola prática sobre inteligência emocional, resiliência em vendas e gestão da comissão, ensinando que vender imóveis de alto valor exige cabeça fria, paciência e foco no processo — não no desespero de fechar a qualquer custo.

Aproveite e confira três conteúdos imperdíveis sobre venda de imóveis:
  1. Corretores de Imóveis: Técnicas de Vendas e Marketing, com Marcus Gomes.
  2. Como Vender Imóveis na Planta, com Paulo Lima.
  3. Vendas no Mercado Imobiliário de Alto Padrão! Com Paulo Cruz.

 

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Conheça o convidado(a)

Eduarda Fazano
Programa de Aceleração - Super Vendedores
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