Existe uma frase antiga no mundo dos negócios que segue atual:
“Não é só o que você sabe, é quem você conhece — e quem lembra de você.”
Quando falamos sobre crescimento profissional, vendas e construção de carreira sustentável, poucos ativos são tão poderosos quanto o networking profissional.
Ainda assim, ele segue sendo subestimado, mal compreendido ou tratado como algo superficial.
Networking não é trocar cartões.
Networking é construir reputação.
O que networking realmente significa?
Networking profissional é a capacidade de criar, nutrir e manter relações genuínas ao longo do tempo, baseadas em:
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Confiança
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Troca de valor
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Reciprocidade
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Presença consistente
Diferente do que muitos pensam, networking não começa quando você precisa de algo. Ele começa antes, quando não existe urgência.
Quem só lembra das pessoas quando precisa de ajuda não faz networking — faz pedido.
Networking não é sobre quantidade, é sobre relevância
Ter milhares de contatos não significa ter uma rede forte. Uma boa rede é aquela que:
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Sabe o que você faz
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Confia na sua entrega
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Lembra de você quando surge uma oportunidade
Um único contato certo pode gerar mais impacto do que cem conexões frias.
No mundo real, oportunidades raramente surgem de anúncios públicos. Elas circulam primeiro dentro das redes de confiança.
Networking e vendas: uma relação direta
Em vendas, networking profissional não é um “extra”. É parte da estratégia.
Vendedores que constroem boas relações:
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Recebem indicações qualificadas
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Enfrentam menos objeções
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Têm ciclos de venda mais curtos
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Negociam com mais confiança
Quando existe relacionamento, o vendedor deixa de ser apenas um fornecedor e passa a ser visto como parceiro.
E parceria vende mais do que argumento.
A diferença entre quem cresce e quem fica parado
Observe profissionais que crescem de forma consistente. Quase sempre eles:
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Circulam em bons ambientes
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Mantêm contato mesmo sem interesse imediato
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Compartilham conhecimento
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Ajudam antes de pedir
Já quem reclama da falta de oportunidade, muitas vezes está isolado, esperando que o reconhecimento venha apenas pelo esforço técnico.
Competência abre portas.
Relacionamento decide quem entra.
Networking não é extroversão, é intenção
Um erro comum é achar que networking é coisa de gente expansiva. Não é.
Existem excelentes networkers introvertidos. O diferencial não está no volume da conversa, mas na qualidade da presença.
Networking profissional exige:
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Escuta ativa
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Interesse genuíno
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Consistência
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Memória social (lembrar das pessoas e suas histórias)
Não é sobre falar mais.
É sobre se importar de verdade.
O papel do networking no longo prazo
O maior valor do networking aparece com o tempo.
É ele que:
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Abre portas quando você muda de carreira
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Sustenta negócios em momentos difíceis
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Cria oportunidades invisíveis ao mercado aberto
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Protege sua trajetória profissional
Muitas das melhores oportunidades surgem quando você não está procurando nada — mas alguém lembra de você.
Networking na era digital: mais fácil e mais raso
Nunca foi tão fácil se conectar. E nunca foi tão difícil se relacionar.
Likes, comentários e conexões não constroem networking sozinhos. Eles são apenas o começo.
Relacionamento exige:
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Continuidade
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Conversa
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Interesse real
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Troca fora do automático
Quem entende isso transforma o digital em ponte. Quem não entende acumula contatos que não geram valor.
Networking é um ativo, não um evento
Networking profissional não é um momento isolado, nem uma técnica pontual. É uma construção diária.
Quem investe em relações constrói segurança.
Quem ignora, fica dependente da sorte.
No fim das contas, o poder do networking está em algo simples:
pessoas fazem negócios com pessoas em quem confiam.
E confiança não se improvisa.
Por que quem ignora networking paga um preço alto
“Quem não cuida da rede acaba dependente da sorte. E carreira baseada em sorte é frágil.”
Rodrigo Larrosa não construiu sua carreira seguindo um plano linear.
Rodrigo transitou com naturalidade por ambientes completamente distintos: Anistia Internacional, escritórios de advocacia, afiliada da Globo, Big Four, sala de aula na universidade federal e, depois, o empreendedorismo — duas vezes.
Durante anos, Rodrigo esteve dentro das maiores empresas de auditoria do mundo. Ele mesmo brinca:
“Passei por 5 empresas de auditoria, as chamadas Big Six, que hoje são Big Four (O Big Four é o grupo composto pelas quatro maiores empresas de auditoria do mundo: Ernst & Young (EY), Deloitte, PricewaterhouseCoopers (PwC) e KPMG).”
O choque veio quando saiu desse “transatlântico” para empreender em estruturas pequenas, onde não havia departamento, suporte ou marca forte por trás. Ali, ele deixou de ser “o diretor da PwC” para testar o CPF.
“Foi ali que eu entendi o quanto o CPF faz diferença. Não tinha sala, não tinha folder, se desse problema no banheiro, a gente resolvia.”
Networking não é timing de venda — é timing de relação
Um dos pontos mais fortes da visão de Rodrigo é o alerta sobre o erro mais comum de vendedores:
“As pessoas acionam o networking no timing errado. Aí vai tudo por água abaixo.”
Para ele, networking não começa quando surge a meta. Começa quando não há nenhuma intenção de vender.
Ele construiu sua rede participando de grupos técnicos, conselhos, associações e fóruns onde a regra era clara: não vender.
“Eu nunca usei minha rede para venda. Por isso ela cresceu de forma genuína.”
O melhor exemplo disso é o grupo técnico de WhatsApp com mais de 6 mil profissionais — advogados, contadores, executivos — criado há mais de 10 anos, onde a troca de conhecimento vem antes de qualquer interesse financeiro.
“Se alguém entra só para vender, a gente tira. Networking é uma balança: tem que agregar para depois colher.”
Vendas complexas exigem redes, não scripts
Hoje, atuando com vendas B2B de alta complexidade, Rodrigo é direto:
“Eu não faço cold call. Se eu não conheço a pessoa, conheço alguém que conhece.”
Ele afirma que consegue chegar a qualquer empresa do seu perfil ideal com no máximo dois contatos, graças à teia de relacionamentos construída ao longo de décadas.
“Meu networking virou um sistema de ativação. Eu não ligo gelado.”
Esse é o verdadeiro poder do networking: não garantir vendas, mas garantir acesso, conversa e confiança — os três pré-requisitos de qualquer negócio relevante.
Saiba mais sobre o tema no conteúdo “Networking e Vendas!“, com a participação de Fábio Torres.
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