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A Lista de clientes é o ponto de partida de qualquer estratégia de prospecção de sucesso.

Mais do que um simples banco de contatos, ela representa a base para direcionar esforços de venda de forma inteligente e eficiente.

Quando bem estruturada, essa lista se transforma em um mapa que guia o vendedor até os melhores resultados.

E pra falar sobre isso, convidamos Paulo Krieser, CEO da Econodata, uma das maiores plataformas de prospecção B2B do Brasil, que ajuda empresas de todos os portes a encontrar e se conectar com potenciais clientes de forma precisa e estratégica.

Neste episódio do Papo de Vendedor, Paulo compartilha como transformar dados em oportunidades reais e por que a lista de clientes é o verdadeiro motor da prospecção moderna.

A prospecção como a maior dor das empresas

A prospecção continua sendo um dos maiores desafios para qualquer empresa que trabalha com vendas B2B.

Pesquisas nacionais e internacionais mostram que a maioria dos vendedores considera a prospecção a tarefa mais difícil do processo comercial — mais complexa até do que enviar propostas, fazer follow-ups ou negociar preços.

E o motivo é simples: atrair a atenção de alguém que ainda não te conhece é uma das tarefas mais árduas da área comercial.

Enquanto o inbound trabalha com leads que chegam até você, a prospecção ativa exige ir atrás do cliente certo, descobrir quem são esses potenciais compradores e qual é a melhor forma de abordá-los.

Essa fase “fria” da venda carrega uma alta taxa de rejeição, o que a torna ainda mais desafiadora.

Por isso, ferramentas, estratégias e metodologias que ajudam a tornar esse processo mais previsível e assertivo têm tanto valor.

O primeiro passo: construir uma boa lista de clientes

O coração de uma prospecção bem-feita é a lista de clientes, até porque é a partir dela que o vendedor define para quem vai direcionar seus esforços.

O problema é que, na prática, muitos vendedores sabem apenas quais seriam suas “empresas dos sonhos”, mas rapidamente esgotam esse pequeno grupo.

Sem uma lista de clientes robusta e organizada, o profissional se vê sem rumo — e, pior, gasta tempo precioso tentando descobrir para onde olhar.

O segredo está em fazer o dever de casa, antes de começar a ligar, é preciso trabalhar a inteligência de mercado, e isso começa pela definição do ICP (Ideal Customer Profile), ou seja, o perfil de cliente ideal.

Analisar a base de clientes atuais e identificar os que geram mais lucro, trazem menos dor de cabeça ou possuem mais potencial de crescimento ajuda a traçar um modelo de quem realmente vale a pena prospectar.

Com esse perfil em mãos, o vendedor busca empresas com características semelhantes — os chamados lookalikes (públicos semelhantes). Só então é hora de montar a lista de clientes e coletar informações de contato, o que reduz o tempo perdido com tentativas aleatórias e aumenta a taxa de sucesso nas abordagens.

Qualidade é melhor que quantidade

Muitos vendedores ainda acreditam que quanto maior o número de contatos, melhor, mas, em prospecção, qualidade é tudo.

Ter uma lista enorme, mas desatualizada, é inútil — especialmente se ela vem de fontes duvidosas. Portanto, é melhor ter 100 empresas realmente alinhadas ao seu perfil do que 10 mil nomes genéricos e sem chance real de fechamento.

A assertividade da lista é o que diferencia um processo eficiente de um processo frustrante.

Trabalhar com dados confiáveis — telefone, e-mail e redes sociais verificados — é essencial para evitar desperdício de tempo e manter a motivação da equipe.

Adaptando os canais e fazendo o “tema de casa”

Com o avanço do trabalho remoto e do modelo híbrido, o telefone fixo deixou de ser o principal canal de contato.

Hoje, é fundamental diversificar: e-mail, LinkedIn, WhatsApp (quando permitido) e até estratégias de ABM (Account-Based Marketing) ajudam a aumentar as chances de conexão com o decisor certo.

Mas nada disso substitui o preparo, visto que, antes de entrar em contato, o vendedor precisa pesquisar sobre a empresa, entender o setor, o porte e as dores do potencial cliente.

Uma simples visita ao site ou ao perfil no LinkedIn pode revelar dados valiosos que ajudam na personalização da abordagem.

O diferencial de quem faz o básico bem-feito

A prospecção exige esforço, método e consistência, dessa forma, não há atalhos nem “balas de prata”.

No fim, quem se destaca é quem faz o básico com disciplina: prepara-se bem, mantém a lista de clientes atualizada, usa dados reais e se conecta com propósito.

Como disse Einstein:

“Se eu tivesse dez horas para cortar uma árvore, passaria oito afiando o machado.”

Em vendas, esse “afiar o machado” é preparar sua lista, estudar o cliente e planejar o contato.

Quanto melhor for essa preparação, mais certeiras serão as ligações — e maiores os resultados.

Como Engajar seus Leads com uma Estratégia Multicanal

No cenário atual das vendas, o que mais confunde os profissionais é a avalanche de modismos sobre o “melhor canal” para prospectar.

Já se disse que o telefone morreu, depois o e-mail, e mais recentemente o WhatsApp virou o centro das atenções.

A verdade é que nenhum canal morre — o que muda é a forma como o vendedor usa cada um.

E o segredo está na estratégia multicanal, que combina diferentes pontos de contato para gerar familiaridade e engajamento real.

Comece com a lista de clientes certa

Tudo começa com uma lista de clientes bem estruturada e é ela que orienta o trabalho do vendedor e define se o esforço será produtivo ou não.

De nada adianta uma estratégia de abordagem incrível se a lista é genérica.

Paulo, da Econodata, explica que a ultra segmentação é essencial:

“Quando eu sei exatamente quem quero prospectar — o porte da empresa, o setor, a região — eu aumento muito minha taxa de conversão.”

Trabalhar com uma lista de clientes ultra segmentada permite compreender o jargão, as dores e as necessidades específicas daquele nicho. Assim, o discurso de vendas se torna mais relevante e personalizado.

Em um dos exemplos citados, o time da Econodata focou no setor de saúde durante a pandemia, entendendo termos como “número de vidas” (quantidade de funcionários cobertos por planos de saúde) e adaptando a comunicação. Resultado: as vendas dispararam.

Estratégia de engajamento multicanal

Depois da lista de clientes pronta, vem a execução da cadência. Na Econodata, a abordagem começa com o envio de e-mails oferecendo algo de valor — não uma venda direta.

Pode ser um contato de referência, um material gratuito ou até uma ferramenta de geração de leads, afinal, esse primeiro passo cria uma interação genuína.

Uma semana depois, o time faz as ligações. Mesmo que o lead não tenha respondido o e-mail, ele já viu o nome da empresa e reconhece a marca.

Essa sensação de familiaridade é poderosa: reduz a resistência e aumenta a chance de conversa com o decisor.

Caso o contato ainda não seja feito, entram novos e-mails — uma cadência de até sete mensagens com diferentes abordagens.

Além de e-mail e telefone, o LinkedIn é outro canal essencial.

O time conecta-se com o lead, interage com postagens e envia mensagens personalizadas, afinal, pequenos gestos — como curtir um post — criam reconhecimento e confiança, fundamentais no processo de prospecção.

Dez tentativas até o decisor

Na rotina de outbound da Econodata, o time é orientado a tentar até dez contatos efetivos antes de encerrar um lead.

Isso não significa apenas ligar dez vezes, mas garantir respostas reais — seja por telefone, e-mail ou rede social.

Essa persistência aumenta significativamente as chances de encontrar o timing certo, quando o comprador está justamente buscando uma solução.

Métricas, esforço e retorno

As métricas são diferentes para cada etapa do funil.

No inbound (atrair clientes de forma orgânica através de conteúdo), o esforço é menor — o lead já levantou a mão e demonstrou interesse.

No outbound (prospecção ativa), o desafio é maior, exigindo mais energia e resiliência, e, portanto, o ticket médio das vendas geradas por prospecção ativa precisa ser mais alto, compensando o custo de aquisição do cliente (CAC).

Empresas maiores, com orçamento mais robusto, são o alvo ideal para esse tipo de operação.

A relação CAC/LTV (valor do cliente ao longo do tempo) precisa ser saudável — o custo de aquisição deve representar, no máximo, um terço do valor total que o cliente gera.

Como montar uma lista de potenciais clientes eficiente:

1-) Defina o perfil de cliente ideal (ICP):

  • Liste características dos seus melhores clientes atuais;
  • Inclua setor, porte, região, faturamento e momento da empresa.

2-) Evite quantidade e priorize qualidade:

  • Em vez de 10 mil contatos, foque em 100 empresas certas;
  • Faça até 10 tentativas de contato antes de descartar um lead.

3-) Aplique segmentação profunda:

  • Use filtros como crescimento anual e faturamento estimado;
  • Busque empresas em expansão — elas têm mais orçamento e urgência.

4-) Monte um dossiê completo:

  • Identifique sócios, decisores e influenciadores;
  • Reúna e-mail, telefone, LinkedIn, site e redes sociais.

5-) Faça o tema de casa antes de ligar:

  • Pesquise sobre a empresa e personalize a abordagem;
  • Mostre que você entende do negócio e pode gerar valor.

6-) Crie valor em cada interação:

  • Ofereça algo útil (informação, dica, evento, insight);
  • Sempre saia da conversa com algum aprendizado ou contato adicional.

No fim, a diferença entre quem apenas tem uma lista de clientes e quem vende de verdade está na qualidade da abordagem.

Fazer o básico com método, atenção e personalização ainda é o que mais traz resultado em vendas.

Aproveite e confira nosso episódio especial sobre “Prospecção de Clientes: As Melhores Dicas”.

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O Super Vendedores realiza consultorias para empresas (B2B) e treinamentos em vendas para vendedores! Entre em contato conosco para entender como podemos trabalhar juntos.

Conheça o convidado(a)

Paulo Krieser

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