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O uso estruturado da qualificação e levantamento de necessidades não só aumenta a eficiência do processo de vendas, como também fortalece a conexão com o cliente, ajuda a identificar oportunidades reais e eleva a taxa de conversão.

Conhecer e aplicar corretamente os frameworks BANT, GPCT e GPCT-BACI é fundamental para qualquer vendedor que deseja adotar uma abordagem consultiva.

A abordagem consultiva exige a aplicação de perguntas abertas estratégicas, que são essenciais para uma boa compreensão das demandas do cliente, ajudando a evitar objeções e desinteresse.

Aprenda quais são as diferenças entre qualificação e levantamento de necessidades e a forma correta de aplicação em cada etapa do processo de vendas.

Qualificação e Levantamento de Necessidades: Como Conduzir Essa Etapa no Processo de Vendas

A qualificação de um lead é uma das etapas mais importantes no processo de vendas.

Trata-se de usar perguntas estratégicas para entender se a pessoa ou empresa que você está abordando se encaixa no perfil do seu cliente ideal.

Esse processo não é apenas sobre confirmar se o cliente tem interesse, mas também avaliar aspectos como orçamento disponível, nível de decisão dentro da empresa e o prazo em que o problema precisa ser resolvido.

Por exemplo, um cliente que deseja solucionar uma demanda apenas no final do ano exige uma abordagem diferente de quem precisa resolver tudo imediatamente.

É aí que entra o equilíbrio entre qualificação e levantamento de necessidades, garantindo que o vendedor adapte sua forma de atendimento de acordo com o cenário.

Momentos da qualificação

A qualificação pode acontecer em diferentes etapas do funil de vendas.

O primeiro momento ocorre na prospecção ativa, quando o vendedor monta sua lista de potenciais clientes.

Nesse estágio, já é possível pré-qualificar para evitar esforços em leads fora do perfil.

O segundo momento acontece quando o marketing ou uma agência de comunicação gera leads em maior volume.

Nesses casos, é essencial usar perguntas abertas — seja por telefone, WhatsApp ou e-mail — para compreender se o lead tem fit com o negócio.

Além disso, uma pesquisa prévia em redes sociais ou no Google ajuda a conhecer melhor o cenário do cliente antes da abordagem direta.

O papel do SDR na qualificação

No contexto das vendas modernas, a figura do SDR (Sales Development Representative) se destaca.

Esse profissional é responsável por receber os leads do marketing, aplicar critérios claros de qualificação e levantamento de necessidades e, em seguida, encaminhar as oportunidades para os vendedores closers.

O ponto mais importante aqui é que esses critérios devem ser objetivos e documentados.

Se a qualificação depender apenas da experiência individual de cada vendedor, o gestor não consegue mapear o que realmente funciona para o cliente.

Padronizando o processo de vendas

Muitas empresas hoje investem em consultorias especializadas e na implementação de CRMs para desenhar um processo de vendas claro e padronizado.

Essa padronização garante que todos os vendedores sigam os mesmos rituais de abordagem e façam as mesmas perguntas-chave, nos Supervendedores, por exemplo, um dos trabalhos mais realizados é justamente o de estruturar essas etapas.

Com base em sua experiência, o Supervendedores criou seis perguntas que aplica em suas próprias prospecções, seja por telefone ou WhatsApp.

Esse modelo depois é incorporado ao playbook de vendas, permitindo que todo o time siga o mesmo padrão e aumente a eficiência comercial.

Por que a qualificação e levantamento de necessidades é essencial

Quando a empresa define e aplica um modelo claro de qualificação, ela passa a trabalhar com mais previsibilidade, eficiência e foco.

Em vez de gastar energia com leads desqualificados, a equipe direciona esforços para oportunidades com real potencial de fechamento, até porque, o levantamento de necessidades permite que a abordagem seja personalizada.

O vendedor deixa de falar apenas sobre seu produto e passa a mostrar como sua solução resolve o problema específico do cliente.

Esse alinhamento aumenta a taxa de conversão e fortalece o relacionamento comercial.

Frameworks mais conhecidos de qualificação

Quando falamos em qualificação e levantamento de necessidades, é importante conhecer os frameworks mais utilizados no mercado.

Um dos primeiros é o BANT, criado pela IBM.

BANT é um acrônimo que representa Budget (orçamento), Authority (autoridade), Needs (necessidades) e Timing (prazo).

Cada letra pode ser explorada com uma ou mais perguntas estratégicas para compreender se o cliente ou empresa se enquadra no perfil ideal.

O BANT funciona bem para garantir que o lead tenha orçamento, poder de decisão, necessidades alinhadas e urgência para resolver o problema. No entanto, ele é um framework mais voltado para a perspectiva do vendedor do que para o cliente.

O segundo framework muito usado é o GPCT, desenvolvido pela HubSpot.

Diferente do BANT, o GPCT foca no cliente, ajudando o vendedor a entender melhor suas metas (Goals), planos (Plans), desafios (Challenges) e prazos (Timeline).

O GPCT provoca o cliente a refletir sobre seus objetivos e dificuldades, tornando a conversa mais estratégica e consultiva.

Qual framework escolher

Não existe um framework universalmente mais eficiente, até porque a escolha depende do seu negócio.

Para vendas B2B e complexas, o GPCT tende a ser mais eficaz, pois envolve mais o cliente e ajuda a construir um relacionamento consultivo.

Já o BANT é frequentemente utilizado para vendas mais diretas ou para clientes finais.

Em ambos os casos, a aplicação adequada desses frameworks faz parte da etapa de qualificação e levantamento de necessidades, garantindo que você direcione seus esforços para leads realmente qualificados.

Levantamento de necessidades: aprofundando o entendimento do cliente

O levantamento de necessidades vai além da qualificação.

Ele permite descobrir profundamente os desafios, dores, expectativas e objetivos do cliente em relação ao produto ou serviço que você oferece.

Essa etapa é conduzida por perguntas abertas, previamente preparadas, que estimulam o cliente a compartilhar informações relevantes.

É essencial praticar escuta ativa nesse momento, e, portanto, perguntar sem ouvir efetivamente não gera valor.

A empatia e a capacidade de se colocar no lugar do cliente são fundamentais para entender suas necessidades e criar conexão, conhecida como rapport.

Aplicação estratégica da qualificação e levantamento de necessidades

Em vendas mais complexas, as etapas de qualificação e levantamento de necessidades são distintas.

Primeiro, você qualifica o cliente, avaliando se ele se encaixa no perfil ideal. Depois, conduz uma reunião ou ligação específica para levantar suas necessidades.

No entanto, em algumas situações, essas etapas podem ocorrer simultaneamente. Por isso, existem frameworks que permitem aplicar ambos os processos na mesma conversa.

Um exemplo é a evolução do GPCT para o GPCT-BACI, desenvolvido pela HubSpot.

Esse modelo mantém a abordagem centrada no cliente (Customer Centric) e adiciona elementos do BANT:

  • B de Budget (orçamento);
  • A de Authority (autoridade);
  • C de Challenges (desafios);
  • I de Implications (implicações).

 

O GPCT-BACI permite que o vendedor conduza perguntas estratégicas, avalie se está falando com a pessoa certa, compreenda os desafios enfrentados pelo cliente e explore as consequências de não agir.

Esse processo garante que o levantamento de necessidades seja profundo, assertivo e orientado para resultados.

Spin Selling: O Framework de Vendas Consultivas para o Mercado B2B

Entre os frameworks mais conhecidos para vendas complexas B2B, destaca-se o Spin Selling, criado por Neil Rackham no final dos anos 1980.

Essa metodologia é voltada para situações em que o vendedor não está lidando diretamente com o tomador de decisão final.

Por exemplo, ao vender um treinamento de vendas para um gerente comercial, o gerente é o usuário e influenciador, mas a decisão final depende do diretor ou do dono da empresa.

O Spin Selling ajuda o influenciador a internalizar o valor da solução e apresentá-la ao decisor.

Diferente de abordagens tradicionais, ele transforma o processo de vendas em uma experiência consultiva, onde o cliente passa a conduzir sua própria decisão de compra.

Estrutura do Spin Selling

O nome SPIN é um acrônimo que representa quatro tipos de perguntas estratégicas:

  • S – Situação: perguntas para compreender o contexto atual do cliente;
  • P – Problema: perguntas que identificam os desafios e dores enfrentados;
  • I – Implicação: perguntas que evidenciam as consequências de não agir;
  • N – Necessidade de Solução: perguntas que guiam o cliente a reconhecer a importância de adotar sua solução.

 

Essas perguntas podem ser abertas ou fechadas, dependendo do objetivo.

As perguntas de implicação são particularmente poderosas, pois tornam o cliente consciente das consequências de não resolver seu problema, incentivando-o a avançar na decisão de compra.

Qualificação e levantamento de necessidades com Spin Selling

No processo de vendas, o Spin Selling se aplica especialmente à etapa de levantamento de necessidades, onde o vendedor aprofunda a compreensão sobre as expectativas, dores e objetivos do cliente.

Quando combinamos qualificação e levantamento de necessidades, frameworks como BANT e GPCT ajudam a determinar se o lead é adequado, enquanto o Spin Selling permite aprofundar a análise e construir uma relação consultiva.

A aplicação correta do Spin exige três passos:

  1. Escolher o framework mais adequado ao seu negócio – GPCT-BACI, BANT ou Spin;
  2. Desenvolver perguntas estratégicas para cada letra do framework escolhido;
  3. Testar e validar as perguntas para entender o que funciona melhor na prática.

A importância de conduzir o cliente pela jornada

Pular etapas de qualificação e levantamento de necessidades pode gerar objeções e frustração.

Muitos vendedores enviam propostas sem entender profundamente as necessidades do cliente, resultando em foco imediato no preço e baixa probabilidade de fechamento.

No Spin Selling, o objetivo é gerar valor durante toda a jornada, conduzindo o cliente de forma estruturada e estratégica até a decisão final, pois isso aumenta a taxa de conversão e fortalece a percepção de valor do cliente sobre a solução apresentada.

Aplicação prática do Spin Selling

Ao aplicar o Spin Selling, é essencial criar perguntas que estimulem o cliente a refletir sobre seus desafios e necessidades.

Por exemplo, em vendas consultivas, as perguntas de implicação podem levar o influenciador interno a perceber os riscos de não adotar sua solução, enquanto as perguntas de necessidade de solução guiam o cliente a reconhecer o valor do produto ou serviço.

A prática estruturada do Spin Selling, em conjunto com outros frameworks de qualificação, permite que os vendedores desenvolvam um processo comercial consistente, aumentem a eficiência da equipe e melhorem os resultados de vendas.

Programas de aceleração, como os oferecidos pelos Supervendedores, ajudam os participantes a desenhar processos comerciais personalizados, aprimorando a condução de leads qualificados até o fechamento da venda.

O Spin Selling é uma metodologia essencial para quem trabalha com vendas complexas B2B, especialmente quando se trata de influenciadores que não são os decisores finais.

Integrado a estratégias de qualificação e levantamento de necessidades, ele garante uma abordagem consultiva, aumenta o valor percebido pelo cliente e contribui diretamente para o fechamento de negócios de forma consistente e estratégica.

Quer aprender mais sobre o assunto? Confira os episódios Levantamento de Necessidades! Conheça o BANT, o GPCT e o SPIN Selling!  e SPIN Selling – Investigando as Necessidades do Cliente!

 

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