Como manter seu machado afiado com Desenvolvimento contínuo!
O que é afiar o machado? Você já ouviu essa expressão?
É uma analogia perfeita para a ideia de autodesenvolvimento.
Você sabe qual é a importância da capacitação e do desenvolvimento contínuo? Por que é tão importante se manter atualizado e motivado a crescer?
Os conhecimentos, não importando a área de atuação, são atualizados constantemente, e, para se manter na corrida, é fundamental que a disciplina aconteça.
Para essa conversa, chamamos Maurício Micheletti, fundador e diretor executivo da Helett Consultoria & Business School, Consultor de Gestão, especialista em Recursos Humanos, palestrante e headhunter.
Desenvolvimento Contínuo
Aprendizado e desenvolvimento devem ser uma constante em qualquer ramo profissional. O desenvolvimento não vem sem esforço. Estudar a própria área já não é o suficiente, precisamos saber de tudo um pouco e não parar nunca.
Quanto mais conhecimento absorvemos, mais ferramentas temos à nossa disposição. Para Maurício Micheletti, a curiosidade é ainda mais importante que o aprendizado formal.
Ele explica o contexto da frase “Se eu tivesse oito horas para cortar uma árvore, levaria seis horas afiando o machado” (frase atribuída a Abraham Lincoln).
Afiar o machado é pro resto da vida!
Para não sermos irrelevantes, devemos estudar continuamente. Da mesma forma que um chefe de cozinha precisa amolar a faca, você também deve se manter afiado em sua atividade profissional.
Daniel Mestre ressalta que todo bom vendedor tem a obrigação de ser um especialista na área do seu cliente.
E como é possível chegar a esse nível?
Chega uma hora que o machado não dá mais corte, e por que isso acontece? Porque deixamos de nos atualizar e descobrir novas informações do ramo em que atuamos. Na verdade, tudo está relacionado a contexto e repertório.
O contexto em que você está inserido define as regras do jogo, os desafios que enfrenta e as oportunidades que pode explorar. Entender esse cenário é essencial para alinhar suas ações com as necessidades do mercado e, assim, “afiar o machado” da sua atuação.
Isso significa adquirir conhecimento específico, desenvolver habilidades relevantes e se adaptar às mudanças constantes, garantindo que você esteja sempre preparado para performar no mais alto nível.
Cada área exigirá uma ferramenta diferente, cada etapa trará um novo repertório.
No campo de vendas, por exemplo, é possível se conectar aos compradores de várias formas, com vários repertórios diferentes.
O contexto nada mais é que o negócio do seu cliente, em qual mercado ele atua? Se manter atualizado, não apenas no seu negócio, mas no segmento do cliente, também é fundamental,
Falta de Feedback
A primeira pergunta que devemos fazer é: onde estou errando? Onde posso melhorar?
A maioria dos profissionais não recebem feedbacks de suas performances e, muitas vezes, nem sabem onde e como aprimorar. Como identificar em qual etapa você está deixando a desejar?
No caso do profissional de vendas, cada fase do processo comercial exige uma técnica. Na prospecção, na qualificação, na apresentação da proposta, é preciso descobrir como enriquecer conteúdos e técnicas e procurar novidades em metodologias.
Maurício ressalta que o feedback não vem apenas do campo profissional, recebemos feedback dentro de casa, de nossos familiares e amigos. O feedback também está no olhar das pessoas!
Dominar um processo de venda, por exemplo, é pouco, é preciso ser uma pessoa bacana para ser um profissional bacana. Dessa forma, mesmo sem vender, as pessoas irão te procurar.
O fator humano é uma ótima forma de afiar o machado. Quando o cliente te enxerga como um especialista no segmento é porque ele reconhece a sua capacidade e generosidade, do contrário, ele não demonstraria confiança.
Falando de personalidade, no contexto profissional, Maurício entende que o temperamento não quer dizer nada. Nem sempre a extroversão é a ideal para as vendas, até porque esse perfil pode ter dificuldade em enxergar ou perceber as inseguranças de um cliente que é completamente diferente dele.
Em vendas tudo é gente.
VENDER é saber ler as pessoas! E a técnica vem depois de entender o ser humano.
Disciplina Sempre
Ter vontade de se capacitar é natural e todos nós temos essa intuição ao longo da vida, mas e quanto ao hábito e a constância?
Daniel Mestre entende que a motivação faz você dar o primeiro passo, no entanto, a jornada é muito mais longa. Disciplina é fazer o que é preciso mesmo sem vontade e motivação: todos nós engatamos a primeira marcha, percorrer a estrada é bem diferente.
Daniel dá um exemplo simples para a área de vendas: quando o profissional prospecta muito, mas deixa de fazer follow-up, porque considera a atividade chata. Mas, para se manter em movimento, é essencial cumprir tarefas entediantes. Do contrário, nada acontece.
Será que disciplina é sacrifício?
Maurício descreve a disciplina como desejo. Ninguém deseja acordar às cinco da manhã. Nós desejamos nos superar, aprender, entrar em forma, buscar os sonhos.
Se alguém acorda cedo para não irritar o chefe, essa pessoa não está desejando ou se motivando do jeito certo. Temos que nos perguntar a todo momento qual o nosso objetivo para mantermos o foco!
Você está acordando para que, para ganhar dinheiro? Ok, é importante, mas devemos ter uma motivação mais elaborada sobre a nossa vida profissional.
Como eu posso ajudar alguém hoje? Como posso fazer a diferença?
Afinal, devo acordar para trabalhar bem e não apenas para bater a meta. Disciplina exige autorresponsabilidade!
Autorresponsabilidade
Os desafios serão sempre pessoais. Ninguém pode afiar o machado do outro, não podemos terceirizar nossas responsabilidades!
São muitas as desculpas para quem não consegue vender, e só depende de você analisar e perceber as falhas e melhorias.
A carreira é propriedade sua!
Colocar a culpa na empresa, no cliente, na falta de grana NÃO te ajudará a afiar o próprio machado.
O MACHADO É SEU, NÃO É DA EMPRESA!!
A vontade de se desenvolver e o desejo de crescer profissionalmente antecede qualquer caminho. Maurício entende que o conhecimento está ao nosso redor. Aprendemos com as pessoas o tempo inteiro e de graça. Precisamos apenas fazer as perguntas certas.
Os Pontos Fracos
Muitas vezes achamos que é preciso focar no ponto fraco. Errado!
Imagine que o técnico do Messi falasse para ele:
“Olha, você não é muito bom em defesa, então nós vamos treinar mais essa parte, ok? Vou te colocar na função de goleiro!”
Primeiro, o técnico vai desperdiçar um bom tempo nesse treinamento. Segundo, isso não vai melhorar a performance, porque esse não é o perfil dele.
Nós precisamos entender os pontos fracos sim, porém, o foco deve estar nos pontos fortes.
Maurício Micheletti dá uma super dica, faça as perguntas:
- Em qual área eu recebo mais elogios?
- Meu machado é de que tipo?
- Onde é que eu sou fora da curva?
O ponto é sermos excelentes naquilo que somos bons e não medianos naquilo que somos ruins. Devemos lembrar que estudar é uma forma de motivar mais, dar mais segurança para saber sabermos onde melhorar e percorrer o caminho do jeito certo.
Então, se pergunte, “eu me esforço para achar a solução ou prejudico a minha empresa?”, Maurício completa que, se você já contribui para a equipe e faz parte do time, deve se perguntar “aonde desejo chegar?”
Desenvolvimento contínuo é a resposta!
Mantenha a disciplina sempre que possível e você verá que é capaz de se manter na estrada e alcançar o alto nível!
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