Eventos como RD Summit, Hotmart Fire, feiras de negócios e congressos setoriais são verdadeiras minas de ouro para quem trabalha com vendas B2B.
O problema? A maioria dos vendedores ainda aborda pessoas do jeito errado: pitch precoce, interrupção forçada e zero contexto.
Convidamos Ronaldo Vargas, Sponsorship Manager do RD Summit, e Bruno Santos, Sales Rep Inbound na RD Station, para falar como vender em eventos sem ser invasivo, usando preparação, leitura de ambiente e conversas naturais.
Por que a maioria das pessoas falha ao vender em eventos?
Porque tratam o evento como um balcão de vendas ambulante.
“Se você tentar rodar o pitch no meio do corredor, de pé, você fecha uma porta que acabou de encontrar.”
Eventos são ambientes de educação, troca e conexão.
Quem está ali não acordou pensando em comprar de você — mas pode vir a comprar por causa de você.
A base de tudo: preparação antes do evento
A maior vantagem competitiva em eventos começa antes de você colocar o crachá.
O que estudar antes de ir:
- Agenda completa do evento
- Quem são os palestrantes
- Quem são os expositores
- Quais temas atraem seu público ideal
- Fluxo de pessoas entre salas e horários
“Eu sabia exatamente quem estaria circulando no corredor antes da palestra do Juliano Tubino. Aquilo me deu contexto para puxar conversas naturais.”
Vendedores preparados convertem mais porque abordam com contexto, não com improviso.
Como abordar pessoas em eventos sem parecer invasivo
Regra de ouro: primeiro conversa, depois negócio
Abordagem em evento não é venda, é abertura de relação.
Boas perguntas para começar:
- “O que você veio buscar nesse evento?”
- “Qual palestra mais fez sentido pra você até agora?”
- “Esse é seu primeiro evento aqui?”
“Todo mundo ali tem algo em comum: o tema central do evento. Só falta alguém puxar conversa.”
História curiosa
Durante um evento, Leandro contou que o maior cliente da carreira dele nasceu numa fila de café.
“A gente ficou quase uma hora conversando, comendo amendoim e tomando café. Nunca teve pitch. Anos depois, virou um dos meus maiores contratos.”
Onde acontecem as melhores conexões (spoiler: não é na sala)
Pode parecer contraintuitivo, mas é verdade:
“As melhores conexões não acontecem dentro da sala de conteúdo. Acontecem no corredor.”
Os melhores lugares para networking:
- Filas (café, banheiro, credenciamento)
- Mesas compartilhadas no almoço
- Corredores entre palestras
- Área de expositores
⚠️ Regra não escrita: nunca aborde alguém no banheiro.
Qualificação rápida: como saber se vale avançar ou não
Em eventos, você não tem CRM, histórico ou inbound. Por isso, qualificação rápida é essencial.
É interessante buscar a conexão com três perguntinhas prontas. Se der três respostas negativas, siga em frente.
Exemplos de perguntas:
- Você é gestor ou usuário?
- Já usa alguma solução parecida?
- Hoje isso é prioridade pra você ou pro time?
Isso evita:
- Queimar cartucho
- Ser inconveniente
- Perder tempo precioso
Vender em eventos não é fazer pitch — é ser lembrado
Um erro clássico é tentar convencer alguém ali, em pé, no meio do caos.
“Nossa missão no evento não é vender. É apertar a mão de quem antes só existia no LinkedIn.”
Objetivo real:
- Criar boa impressão
- Ser lembrado
- Abrir porta para o pós-evento
O pós-evento define quem vende e quem só coleciona contatos
Aqui está onde 90% das oportunidades morrem.
Boas práticas pós-evento:
- Enviar mensagem no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte
- Lembrar o contexto (“falamos na fila da palestra X”)
- Não atacar na segunda-feira pós-evento (caos total)
“Se você manda mensagem só na segunda, está pedindo pra ser ignorado.”
💡 Dica prática: salve o contato com uma referência clara ou nota no CRM.
Uma história que virou negócio anos depois
Um dos convidados contou que conheceu um cliente em um evento em 2019. Atendeu por anos, perdeu o contato…
Anos depois, reencontrou a mesma pessoa em outro evento.
Resultado? ➡️ Novo contrato ➡️ Nova empresa ➡️ Mesma confiança
“O mercado é dinâmico. A posição da pessoa muda, mas a lembrança fica.”
Conclusão: eventos não são sobre vender, são sobre abrir portas
Quem vai a eventos com postura fechada, cara emburrada e celular na mão não gera conexão nenhuma.
Vendedores que se destacam:
- Estão abertos
- São curiosos
- Sabem ouvir
- Sabem a hora de avançar
“Evento é radar ligado o tempo inteiro.”
Se você aprender como vender em eventos sem ser invasivo, vai perceber que os melhores negócios não começam com pitch — começam com conversa.
Quer aprender mais sobre vendas em eventos? Confira nosso conteúdo sobre “Impulsione Sua Carreira em Vendas com Eventos“, com a participação de Abdalla Daichoum, Gerente de Patrocínio na RD Station.
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