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Ao contrário das estratégias usuais, um programa de indicação usa uma das técnicas mais antigas para se vender alguma coisa: o boca a boca.

O que pode atrair mais clientes, de forma rápida e qualificada, se não a confiança de quem consumiu e indicou?  

Embora a estratégia seja antiga, um programa de indicação precisa ser muito bem elaborado e desenhado para o modelo de negócio.

Para o nosso convidado, o  Marketing de Indicação não é apenas uma estratégia, é um caminho para o crescimento sustentável, capitalizado na confiança e na credibilidade conquistadas.

Leandro Martins é cientista da computação e especialista em Marketing de Indicação. Leandro é fundador e CEO da BuzzLead há mais de nove anos, a primeira Startup do segmento referral marketing no Brasil. 

Marketing de Indicação: O Que é

Você já se perguntou o que é marketing de indicação?

Em essência, o marketing de indicação é uma abordagem para adquirir clientes de maneira rápida e sem custos.

Se o seu negócio é voltado para o consumidor final, como um site de comércio eletrônico, a aquisição de clientes ocorre quando um visitante realiza uma compra.

Por outro lado, em um modelo mais B2B, onde a conquista de leads é crucial, é necessário nutrir e qualificar esses leads antes de fechar uma venda. 

Aqui, o marketing de indicação se assemelha a uma estratégia para geração de leads altamente qualificados, diferindo das abordagens mais tradicionais, como anúncios no Google ou redes sociais.

Ao contrário das estratégias convencionais, o marketing de indicação não depende de anúncios pagos no Google, nas redes sociais, ou em mídias tradicionais como rádio, TV e jornais.

Em vez disso, fundamenta-se no BOCA A BOCA promovido pelos próprios clientes. 

Essa característica distinta torna o marketing de indicação uma estratégia única, FOCALIZADA NA BASE DE CLIENTES EXISTENTE, visando estimular recomendações entre eles.

O Oceano Azul do Marketing

Podemos considerar o marketing de indicação como um “oceano azul” no campo do marketing. 

Em comparação com canais tradicionais saturados, o marketing de indicação se destaca por ser uma estratégia inexplorada e estruturada.

Enquanto muitos competem em meio ao tráfego pago e à produção de conteúdo nas plataformas convencionais, o marketing de indicação oferece uma oportunidade diferenciada.

Para ilustrar, imagine que está em um rio cheio de pescadores, usando técnicas semelhantes, com competição intensa.

No entanto, o marketing de indicação é como encontrar um trecho do rio menos explorado, onde você é o único pescador.

Aqui, a pesca é mais fácil, pois os peixes (clientes) estão mais perto de você.

O marketing de indicação é, portanto, uma estratégia estruturada para potencializar o boca a boca e transformá-lo em clientes.

Representa uma evolução da técnica mais antiga de marketing, que, embora tenha sido negligenciada por algum tempo, encontra na internet novas oportunidades para crescer.

A Economia da Atenção e a Força da Confiança

Na era atual, onde a atenção online é um recurso valioso, é crucial considerar a “economia da atenção“. 

Enquanto muitos competem pelo mesmo público na internet, o marketing de indicação se destaca ao aproveitar a atenção já conquistada pelos clientes satisfeitos.

A confiança e a credibilidade que um cliente satisfeito transmite ao recomendar um produto ou serviço são incomparáveis às estratégias tradicionais de marketing.

É importante ressaltar que, mesmo com o avanço nas áreas de marketing e vendas, o marketing de indicação permanece como uma técnica poderosa, capaz de transformar o boca a boca em um canal de vendas estruturado, proporcionando VOLUME, RECORRÊNCIA e PREVISIBILIDADE.

Em meio a competitividade crescente dos canais tradicionais, o marketing de indicação destaca-se como uma estratégia inovadora e eficiente.

Estruturação e Resultados da Estratégia

Para que a estratégia seja efetiva, é preciso estruturar programas de indicação ativos, onde as empresas têm a oportunidade de aumentar significativamente o volume de indicações, transformando clientes satisfeitos em promotores da marca.

A eficácia do marketing de indicação é evidente nos números, onde estatísticas indicam que aproximadamente 83% dos clientes satisfeitos estão dispostos a indicar.

Em contraste, apenas cerca de 29% realmente o fazem. Isso revela um enorme potencial de crescimento ao estruturar programas de indicação mais eficientes.

Imagine o impacto em seus negócios se cada cliente trouxesse consigo um novo cliente.

Essa dinâmica, quando bem explorada, pode resultar em uma progressão geométrica, impulsionando não apenas o volume, mas também a receita de forma exponencial.

Portanto, o marketing de indicação é uma estratégia sustentável para a aquisição de clientes, capitalizando na confiança, na credibilidade e na atenção já conquistada.

A indicação eficiente, pode transformar os clientes satisfeitos em defensores leais, criando um ciclo virtuoso de crescimento e sucesso.

O 3 Pilares de Um Programa de Indicação

Para que possamos descrever a criação de um programa de indicação, é essencial compreendermos a complexidade dessa estratégia, identificando três pilares para que o programa tenha efetividade.

1. Identificando o Público-Chave

Antes de entrarmos nos detalhes, é fundamental perceber que um programa de indicação vai além de um simples ato de apontar clientes.

Devemos visualizá-lo como uma estratégia de acesso ao mercado. Não se trata apenas de “indique e ganhe”, a indicação é um canal de vendas que requer estruturação e planejamento.

Devemos pensar, primeiramente, quem será o público-alvo do programa, realizando um mapeamento dos embaixadores.

Estes podem incluir não apenas clientes satisfeitos, mas também colaboradores e até mesmo outras empresas que compartilham o mesmo público-alvo. 

O objetivo é IDENTIFICAR QUEM PODE OFERECER AS MELHORES INDICAÇÕES, indo além do óbvio e explorando conexões valiosas.

Clientes, colaboradores e até mesmo parceiros externos podem ser embaixadores potenciais.

O foco é encontrar aqueles que não apenas conhecem sua empresa, mas também têm influência sobre o público que você deseja alcançar.

2. Recompensas e Incentivos Personalizados

Para estabelecer o sistema de premiação, precisamos entender que uma abordagem única não serve para todos.

Cada embaixador pode ter motivações diferentes, e suas recompensas devem refletir isso.

A RECOMPENSA é destinada a quem fez a indicação, enquanto o INCENTIVO visa quem foi indicado:

  • A recompensa serve para retribuir o esforço da indicação e, ao mesmo tempo, ESTIMULAR novas referências. Pode ser uma caneca, um desconto ou qualquer outra coisa que ressoe com o embaixador; 
  • Já o incentivo, oferecido ao indicado, tem o propósito de ACELERAR A DECISÃO de contratar, criando um senso de urgência.

A personalização das recompensas e incentivos é determinante. O que motiva um cliente pode não motivar um colaborador.

Ao entender as diferentes necessidades e desejos dos embaixadores, podemos criar um programa mais eficaz e atrativo.

3. Momentos Certos: Identificando Oportunidades para Pedir Indicações

Por último, mas não menos importante, estão os “momentos certos”. Esses são os pontos ao longo da jornada do cliente em que eles estão mais entusiasmados com o serviço.

Pedir indicações nesses momentos aumenta significativamente a probabilidade de sucesso.

Por exemplo, se uma meta foi alcançada antecipadamente, os clientes estão mais propensos a estarem satisfeitos e entusiasmados.

Esse é o momento ideal para pedir uma indicação. A identificação desses momentos e a aplicação estratégica são cruciais para o êxito do programa.

Em resumo, ao criar um programa de indicação, devemos vê-lo como um canal de vendas completo, não apenas uma tática isolada. 

O mapeamento dos embaixadores, a definição cuidadosa das premiações e a identificação dos momentos certos são fundamentais para o sucesso. 

Trabalhar esses elementos de maneira integrada, possibilita a construção de um canal de vendas que não só gera volume, mas também recorrência e previsibilidade.

O sucesso está na combinação estratégica desses três pilares.

Medindo o Sucesso do Programa

A mensuração de um programa de indicação é fundamental para balizar melhorias e estratégias.

Para Leandro Martins, é necessário criar um funil específico para o programa de indicação. 

Analogamente aos funis de marketing e vendas, esse modelo particular visa conduzir os participantes desde o conhecimento inicial até a conversão em vendas tangíveis. 

A proposta é segmentar o processo em três fases cruciais: CONSCIENTIZAÇÃO, PARTICIPAÇÃO e CONVERSÃO.

Métrica Número 1 – Taxa de Embaixadores

O primeiro ponto de observação no funil é a taxa de embaixadores. Aqui, a meta é fazer com que aqueles que tomaram conhecimento do programa se tornem ativos participantes. 

O embaixador é aquele que, ao aderir ao programa, recebe um link exclusivo ou acessa uma área privativa, transformando-se no ponto focal da estratégia.

Métrica Número 2 – Taxa de Indicação

Uma vez que os participantes se tornam embaixadores, o próximo passo é estimular a taxa de indicação.

Este é o estágio em que esses embaixadores começam a efetivamente indicar clientes para a empresa. 

Monitorar essa métrica é fundamental para entender o engajamento efetivo dos participantes e a qualidade das indicações geradas.

Métrica Número 3 – Taxa de Conversão

O ápice do funil é a taxa de conversão, o momento em que as indicações transformam-se em vendas tangíveis. 

O programa de indicação mostra seu verdadeiro valor ao gerar resultados financeiros mensuráveis.

Cada indicação bem-sucedida é uma peça crucial para atingir as metas de vendas e estabelecer a eficácia do programa.

Mapeando Momentos Certos

Além do funil, Leandro destaca a importância de mapear os “momentos certos” ao longo da jornada dos embaixadores.

Esses momentos representam períodos de entusiasmo ou satisfação do cliente, sendo IDEAIS PARA SOLICITAR UMA INDICAÇÃO. 

Identificar esses momentos estratégicos aumenta significativamente a probabilidade de uma resposta positiva.

Leads provenientes do programa de indicação muitas vezes têm uma predisposição mais favorável, o que pode ser explorado durante a abordagem de vendas.

Medir o sucesso de um programa de indicação é um processo de alto valor estratégico, pois, ao criar um funil de indicação e mapear os momentos certos, as empresas conseguem transformar o programa em um canal de vendas eficiente. 

Monitorando métricas como taxa de embaixadores, taxa de indicação e taxa de conversão, é possível avaliar e otimizar continuamente o desempenho do programa, garantindo resultados sólidos e previsíveis.

Programa de Indicação e Processo de Vendas

A importância de visualizar a jornada de vendas, que normalmente inicia no topo do funil de marketing, tem como fator-chave analisar a eficiência do seu produto e o valor que ele gera nos clientes.

A maioria das empresas, segundo os especialistas, comete um equívoco ao considerar que a jornada de vendas encerra no fechamento da venda.

Eles defendem a ideia de que, na verdade, as melhores oportunidades surgem após o fechamento. 

O foco deveria ser em fidelizar o cliente, aumentar a receita e, consequentemente, pedir indicações.

Um cliente satisfeito é aquele que não apenas fechou a venda, mas também foi FIDELIZADO, aumentando a receita média.

Indicações como Parte da Estratégia de Vendas

O dever, muitas vezes negligenciado pelas empresas, é pedir indicações nesse momento, aproveitando a satisfação do cliente.

A estratégia de indicação não é uma ação isolada, mas uma parte integral do processo de vendas. 

De acordo com Leandro Martins é possível criar momentos artificiais para incentivar indicações, como reuniões de apresentação de resultados, onde são oferecidos brindes ou prêmios para os clientes indicadores.

O Poder das Recompensas e dos Clientes Indicados

A recompensa também deve ser uma ferramenta poderosa, com a capacidade de retribuir quem indicou e incentivar novas indicações. 

E por que a recompensa é importante? Porque os leads provenientes de indicações são superiores em diversos aspectos: são mais qualificados, mais baratos, avançam no ciclo de vendas rapidamente, possuem maior confiança na empresa e tendem a gastar mais. 

Além disso, clientes indicados têm uma propensão natural para continuar indicando!!!

Portanto, integrar estrategicamente as indicações no processo de vendas pode ser um diferencial decisivo.

A criação de um programa estruturado, combinado com recompensas eficazes, não apenas fortalece os laços com clientes existentes, mas também cria uma fonte confiável e recorrente de leads qualificados. 

As indicações não são apenas um canal adicional, mas uma grande alavanca para impulsionar os resultados de vendas.

 

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